ROMA, 27 de fev de 2013 às 10:29
O presidente da Federação Internacional de Associações Médicas Católicas (FIAMC), José María Simón Castellví, esclareceu que "não existem essas supostas pílulas do dia seguinte sem efeito abortivo das que falam os bispos alemães" e que criou confusão no mundo.
O líder médico recordou que "a pílula do dia seguinte tem um efeito abortivo" e que não têm conhecimento de nenhum novo preparado "com princípios ativos alterados" tal como falaram alguns prelados alemães.
"Ao contrário, acrescentou, recentemente estudamos estes temas e publicamos um documento -acessível em nossa página Web, com um estudo de mais de 100 páginas- que recolhe dados novos, como que os novos fármacos pós-coitais, quanto menos efeitos secundários tenham, com doses mais ajustadas, mais riscos têm de provocar efeitos anti-implantatórios, quer dizer, abortivos", indicou.
Do mesmo modo, lamentou que os bispos alemães não tenham consultado a FIAMC. "É lamentável, porque nosso recente documento de 100 páginas sobre a defesa da vida humana no âmbito médico o escrevemos e apresentamos originalmente em alemão. Além disso, organizamos um grande encontro internacional faz umas semanas na Alemanha sobre a atenção católica ao doente, e exceto o cardeal Marx e algum mais, ali não havia bispos".
"Estávamos disponíveis e ninguém nos consultou. Não entendo que um episcopado atue assim, e que também tenham evitado a Pontifícia Academia para a Vida, que está para isso, para consultá-la. Tenho que pensar que foram manipulados", expressou.
Do mesmo modo, disse que a assistência "a mulheres abusadas nos hospitais católicos, sem dúvida, deve ser a melhor, mas não com pílulas pós-coitais", pois "como vimos são abortivas".